terça-feira, outubro 31, 2006

STLL LIFE,de Jia Zhang-ke por Maria Carolina Beyruti Curi

Primeiros comentários sobre STILL LIFE por MARIA CAROLINA BEYRUTI CURI :

Hoje fui incumbida de uma missão quase impossível: escrever sobre o filme Still Life.

Filme chinês que ganhou Leão de Ouro no Festival de Veneza onde se passam duas histórias as quais tem em comum encontrar pessoas do passado.
Na primeira, Han um mineirador sai em busca de sua mulher para rever sua filha após 16 anos.
Na segunda, Shen Hong é uma enfermeira que também sai em busca do marido que não dá sinais de vida há 2 anos.
O lugar é a cidade de Fengjie, que está desaparecendo não só naturalmente pela barragem das Três Gargantas, como pelas implosões e demolições que resultam na modernização e crescimento da China Comunista .
A música e a fotografia das primeiras e últimas cenas foram o ponto mais alto do filme.
A história começa bem, Han se adapta à uma nova vida, enquanto tenta encontrar um endereço submerso pelas águas.
Na metade do filme entra a segunda história, momento esse que cheguei até a me confundir ao pensar que Han e Shen estivessem em busca um do outro, em lados opostos da cidade.
Confesso que tenho uma certa dificuldade com nomes chineses.
O filme adquire um ritmo muito lento, apesar das belas paisagens.Resisti bravamente em deixar a sala.
Elemento fortíssimo no filme é a água em diferentes versões, simbolo do renascimento.
Os dois personagens quase atingem seus objetivos e dão um novo rumo a suas vidas.
Na última cena, belíssima, um chinês se equilibra andando em um fio no segundo andar de uma casa até outra. A cena é observada por Han, antes de partir.
Tenho certeza que os meus 5 ou 6 anos de Mostra não foram suficientes para poder interpretar todas as simbologias do filme. Saí com uma sensação que faltou algo.
Vou mais longe, coloco em xeque os concorrentes do Festival de Veneza este ano pelo prêmio, o qual deixa muito a desejar. A nova nova safra de filmes brasileiros que vem aí não fariam nem um pouco feio por lá, tenho certeza!
Não sei se me sinto apta a avaliá-lo, ou se ainda tenho que assistir a muito filmes chineses. Se fosse dar uma nota, sinto que aumentou um pouco desde que deixei o cinema, pois ao escrever esse texto pude refletir um pouco mais sobre o filme: 4,0 .


por MARIA CAROLINA BEYRUTI CURI