EVA - Benoît Jacquot
Isabelle Hupert é
a estrela do novo filme de Benoit Jacquot, o veterano diretor francês dos
aclamados Sade (2000), Tosca (2001) e Adeus
Minha Rainha ( 2012) .
No papel de uma
prostituta de luxo a sensação é de dèja-vu. Parece que já vimos o filme pela
perfeição de Huppert na pele de
Eva. Aliás ,este talvez seja o
maior defeito do filme. Parece que estamos na continuação de Elle que Huppert fez com Paul Verhoeven
no ano passado.
O filme é uma
adaptação do livro do inglês James Chase e já teve um versão no cinema há 50 anos atrás.
Bertrand é um
jovem enfermeiro que cuida de um escritor idoso. Ele presencia sua morte enquanto trabalhava em seu apartamento
e rouba os manuscritos do seu último livro antes de fugir.
Bertrand se
apropria dos escritos e transforma em uma peça de teatro que faz um estrondoso
sucesso em Paris. Ele é agora um renomado e famoso escritor e precisa continuar
sua carreira.
Caroline, sua
rica e bonita namorada, pressiona Bertrand para escrever outro livro mas
esconder a verdade é seu maior desafio.
Em uma ida
sozinho à casa de seus sogros nos
Alpes, contrata os serviços de Eva e uma relação de poder e conquista se inicia
entre o falso escritor e a
prostituta dos milionários da região.
O resultado da
obra de Jacquot tem um tom noir, atuações
precisas mas derrapa no conjunto.
Como dito, Huppert não é mais o fator surpresa e o roteiro não se
sustenta sozinho.
A recepção na
sessão de jornalistas foi fria e o filme não deve fazer muito barulho após seu
lançamento.
O filme passou
ao mesmo tempo em três salas do conjunto Cinemaxx e mais uma vez assisti junto
com o júri. Desta vez , na fileira da frente, a esplendorosa cabelereira branca
de Ryuchi Sakamoto me chamava mais atenção que o tom noir do filme de Jacquot.
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