domingo, abril 29, 2007

O CHEIRO DO RALO ,de Heitor Dhalia

Na contramão não só da crítica mas também do público que elegeu este o melhor filme da Mostra de São Paulo, O Cheiro do Ralo é simplesmente uma FARSA.

E que não venham críticos e suas clichezadas que ouví do tipo "a nova estética do cinema nacional " ou "o primeiro filme patrocinado que quebra paradigmas e desafia o formato familiar dos filmes nacionais".

O Cheiro do Ralo é uma afronta a boa vontade das pessoas do bem, que são obrigadas a aturar por uma hora e meia uma história ridícula com atuações infames e uma pretensão absurda de quem acha que com bons contatos no mundo do cinema o filme pode se tornar um best-seller.

O pernambucano Heitor Dhalia já fez seu primeiro grande lixo tentando colocar sotaque paulistano no infame NINA que nada mais é do que um aviso aos mais antenados do grande Tsunami que estava por vir, desta vez conseguiu ir mais fundo no poço.

Estética nova no cinema nacional ? Que estética? Os galpões da Mooca? O clima noir? Isso é inovação?
Ou sería o roteiro? Mas que roteiro mesmo????? Um homem paranóico apaixonado por uma bunda durante mais de 90 minutos. Aah, mas tem a cena da violência no final, claaro ! E que desfecho! Graaan Finaaale ! Aquele monte de gente correndo sem nenhuma direção parecía programa do SBT de domingo.

E as atuações.....Mas que atuações mesmo??? Selton Mello está forçadíssimo tentando ser e não consegue. E a tal da "bunda", a garçonete Paula Braun??Além de ter que fazer muita aula de atuação para ser razoável, ela precisa de muita alula de dicção. Qualquer turbinada saindo do Big Brother faria melhor.E a drogada? Será que ela tava no teatro do colégio?? E o segurança da loja?? E o peruano?? todos TERRÍVEIS.Agora o prêmio ATUAÇÃO DE CHORAR vai para a namorada esfaqueadora de Selton Mello que eu não sei o nome e nem faço questão de saber.

Falar de roteiro e de inovação ou de vanguardismo independente é uma piada, se não for uma tristeza sabendo que na sala ao lado passava um filme se não até ainda mais barato chamado A Leste de Bucareste , isso sim uma preciosidade independente.

Fiquei imaginando O Chiero do Ralo em Cannes, sendo exibido logo após o filme do Amos Gittai. Ou mesmo em Sundance na tal mostra competitiva que participou, pasando logo após um filme do Michael Moore.

A Mostra de Cinema de São Paulo mostrou mais uma vez que seus prêmios são extremamente políticos e direcionados, de acordo com a influência da distribuidora ( ou você acha mesmo que aquela menina que encantava baleias da Nova Zelândia foi escolhido pelo público???).

Meu amigo produtor do filme que me perdôe mas a consistência do filme é do mesmo produto que exala o terrivel cheiro do ralo da loja do personagem.

Nota ZERO, o primeiro deste blog.